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A TECNOLOGIA BRAILLE DA ERA DA INFORMAÇÃO: Linha do Tempo

#ParaTodosVerem Ilustração dos contornos da Linha Braille em linhas simples sobre um fundo azul escuro. Acima, uma representação de linha do tempo. Em segundo plano, do lado esquerdo da imagem, em um círculo azul claro os dizeres: “Linha do Tempo: Linha Braille”.

Muitas são as tecnologias assistivas voltadas para os deficientes visuais, entre estes, destacamos no nosso “Você Sabia?” de hoje, a Linha Braille.

A Linha Braille é um equipamento que transforma textos dispostos na tela do computador em Braille por meio de células Braille para leitura tátil em tempo real. Possui teclas e design acessível, as quais oferecem conforto durante a utilização, inclusive por longo período. Segundo Sant’Anna (2006), “por intermédio de um sistema elétro-mecânico, conjuntos de pontos são levantados e abaixados, conseguindo-se assim uma linha de texto em Braille”.

Essa tecnologia necessita de programas de suporte, por exemplo, o JAWS. Ela possui 9 teclas Braille, o qual permite escrever em Braille e controlar na íntegra todas as funções do computador.

Essa tecnologia é muito eficaz na alfabetização e educação de pessoas com deficiência visual, pois permite leitura, correção e atualização de textos, além de permitir acesso a pessoa com surdocegueira às informações, que são apresentadas de forma digital e transformadas em informações táteis.

Mas você sabe como ocorreu o desenvolvimento dessa tecnologia até os dias de hoje?

Com base na compilação história feita pelas senhoras Clara Van Gerven (Especialista em conteúdo de tecnologia de acesso – NFB) e Anne Taylor (Diretora de tecnologia de acesso – NFB) apresentaremos os avanços na produção do Braille tecnológico, nas últimas três décadas:

1971: A Triformation Systems, que mais tarde se tornaria Enabling Technologies, lança sua primeira impressora, a BD 3. No final dos anos 70, eles lançaram sua popular impressora LED 120.

1975: Papenmeier Reha empreendeu um programa de desenvolvimento com o Dr. Werner Boldt da Dortmund University – Alemanha, e em 1975 produz o BRAILLEX, um dispositivo eletrônico com display Braille atualizável.

1976: A primeira instalação do Duxbury Translator ocorre no Instituto Nacional Canadense para Cegos em Toronto, Canadá, em julho de 1976. Duxbury foi o primeiro pacote comercial de tradução para Braille a ser lançado.

1980: É lançada a versão original do nfbtrans, um pacote de tradução para Braille. Por um tempo, foi vendido por US$ 350, mas no início dos anos 90, o Dr. Jernigan sentiu que atenderia melhor às necessidades dos usuários cegos, lançando-o em domínio público.

1982: O VersaBraille, da Telesensory, é o primeiro display Braille atualizável disponível nos Estados Unidos.

1987: O Braille ‘n Speak, o primeiro dispositivo portátil de anotações com um teclado Braille, é lançado na Convenção NFB. O sucesso deste dispositivo abriu a porta para notetakers populares semelhantes aos de hoje.

1990: Dr. Kenneth Jernigan abre o Centro Internacional de Braille e Tecnologia para Cegos (IBTC) na sede do NFB, uma instalação única de avaliação abrangente e demonstração. Hoje, ele contém 2,5 milhões de dólares em tecnologia de acesso não visual, tornando o IBTC o maior centro de avaliação desse tipo no mundo.

1991: A patente dos EUA para roteamento de cursor é emitida para Arend Arends e Jaap Breider, presidente da fabricante holandesa de display Braille Alva BV. A patente holandesa original foi registrada em 1987. O roteamento do cursor rapidamente se tornou uma característica esperada dos dispositivos Braille atualizáveis.

1995: O primeiro lançamento do Duxbury para Windows traz a tradução do Braille para o novo sistema operacional.

2000: PulseData International e HumanWare lançam a linha BrailleNote de notetakers com teclados Braille e QWERTY e voz sintetizada e um display Braille atualizável. Em 2005 a HumanWare lançou a segunda geração da linha BrailleNote, a série mPower.

2001: Papenmeier lança seu notetaker Elba, o primeiro notetaker baseado em Linux, com teclado Braille e QWERTY e um display Braille atualizável.

2001: ViewPlus Technologies anuncia a Tiger Advantage, a primeira de suas impressoras gráficas táteis com capacidade para Braille.

2003: A Freedom Scientific começa a enviar seu notetaker PAC Mate baseado em Windows. A unidade estava disponível com um teclado Braille e um teclado QWERTY (sem display Braille atualizável). As versões dessa unidade com visores em Braille de 20 e 40 células foram lançadas no final de 2003. O PAC Mate Omni, a segunda geração de anotadores do PAC Mate, foi lançado em 2007.

2003: É lançado no mercado o Alva Mobile Phone Organizer, o primeiro e único híbrido de celular e notetaker. É um telefone celular e agenda pessoal que oferece um display em Braille de 20 células, um teclado em Braille e um sintetizador de voz.

2004: Na Convenção NFB, a HumanWare lança o BrailleNote PK, o menor notetaker disponível nos Estados Unidos com um display Braille atualizável de 18 células e um sintetizador de voz.

2004: HumanWare, anteriormente PulseData, lança o Brailliant 20 e 40, os primeiros displays Braille atualizáveis com Bluetooth.

2006: GW Micro anuncia seu primeiro notetaker, o Braille Sense, que possui Braille atualizável, saída de voz sintetizada e um teclado Braille. O BrailleSense vem com uma janela LCD, um MP3 player, um DAISY player e suporte para monitor externo. Em 2008, a GW Micro aprimorou o Braille Sense para se tornar o Braille Sense+. O Voice Sense também foi adicionado à linha de anotadores.

Para entender alguns termos aqui abordados, conceitua-se os principais:

*Software de tradução de Braille: A impressora Braille mais rápida disponível não pode produzir nem mesmo um ponto de material, a menos que um programa de tradução de Braille esteja instalado no computador.

*Impressoras Braille: uma impressora Braille é uma peça de hardware a qual permite que os arquivos Braille criados no computador pessoal (PC) sejam produzidos em Braille em papel.

*Notetakers: introduzidos pela primeira vez pela Blazie Engineering em meados da década de 1980, esses organizadores pessoais fáceis de usar permitem que uma pessoa com conhecimento em Braille crie documentos, leia textos, mantenha endereços e compromissos, acesse uma lista de utilitários especiais.

*Monitores Braille atualizáveis (Linhas Braille): esses dispositivos permitem que o usuário interaja com seu computador usando Braille. Eles são chamados de atualizáveis porque a unidade é composta por uma linha de pontos que movem-se para cima e para baixo a fim de exibir os pontos Braille. Este também possui teclas de navegação que permitem ao usuário mover-se pela tela do computador sem tirar as mãos do monitor para realizar tarefas.

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E o que você achou dessa linha histórica? Bem interessante, não é?

Acreditava-se que quanto mais tecnologia evoluísse, o Braille poderia correr o risco de desaparecer, mas a verdade é que com o desenvolvimento dessas soluções de acessibilidade tecnológicas tornou o Braille ainda mais viável, relevante e acessível, além de tudo permitir que o usuário familiarize-se com as tecnologias do mundo atual.

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