DICAS TECA: ESPORTES ADAPTADOS – ATLETISMO PARA DEFICIENTES VISUAIS
Olá Tecas 🙂
A partir de hoje traremos no “Dicas Teca” alguns esportes praticados por deficientes visuais.
A deficiência visual não é um impeditivo para a prática de atividades físicas, sejam elas esportes competitivos, um hobby ou uma ferramenta para melhorar a qualidade de vida. Além de atividades mais triviais como correr, nadar e malhar, existem dezenas de modalidades individuais e coletivas que podem ser adaptadas e praticadas por pessoas cegas ou com perda parcial da visão.
Para quem deseja começar, o medo do desconhecido pode ser um bloqueio e conhecer as possibilidades é importante para dar o primeiro passo.
O ATLETISMO
Essa modalidade de esporte é composta por atividades que permeiam as atividades diárias do indivíduo, como: correr, saltar e lançar. No entanto, estas ações quando realizadas no atletismo apresentam-se de maneira especializada.
O atletismo para as pessoas com deficiência visual (cegos e com baixa visão) segue a mesma lógica do esporte convencional. No entanto suas regras são alteradas somente para possibilitar a participação das pessoas que não recebem ou recebem de maneira muito limitada as informações visuais.
O atletismo para deficientes visuais tem as seguintes provas: corridas de velocidade (100, 200 e 400 metros), corridas de meio fundo (800 e 1500 metros), corridas de fundo (5000 e 10000 metros), corridas de revezamento (4×100 e 4×400 metros), corridas de pedestrianismo (provas de rua e maratona), saltos (triplo, distância e altura), arremessos e lançamentos (peso, dardo, disco e martelo) e provas combinadas (pentatlon – disco, peso, 100, 1500 e distância).
As provas são divididas por grau de deficiência visual (B1, B2 e B3) e as regras são adaptadas para os atletas B1 e B2.
As modalidades para os competidores B3 seguem as mesmas regras do atletismo regular.
Classificação funcional
B1 – Desde a ausência total de percepção de luz em ambos os olhos até percepção luminosa sem a capacidade de reconhecimento da forma de uma mão, a qualquer distância. (B1 – Cego Com ou sem percepção luminosa)
B2 – Desde a capacidade de reconhecer a forma de uma mão até a acuidade de 2/60 e/ou um campo visual inferior a cinco graus. (B2 – Baixa Visão AV 2/60 ou CV 5º)
B3 – Desde uma acuidade visual superior 2/60 até uma acuidade visual 6/60 e/ou campo visual superior a cinco graus e inferior a 20 graus. (B3 – Baixa Visão AV entre 2/60 e 6/60 ou CV entre 5º e 20º)
Os guias
Existem dois tipos de acompanhantes: os guias atletas, que entram na pista durante as corridas, e os guias indicadores, que orientam os atletas nas provas de salto e em lançamentos.
Os guias precisam ter uma marca melhor que o atleta e se o atletismo sobe o nível, os guias também precisam fazê-lo. Há necessidade de treinar em conjunto, pois a coordenação entre o guia e o atleta é essencial, sendo até mesmo interessante que tenham as mesmas medidas antropométricas.
Os guias atletas utilizam uma corda para competir unidos pela mão, devendo respeitar duas regras: “Não serem elásticas e não medirem mais de um metro”. Além disso, guia e atleta “devem sempre correr juntos e os guias não podem impulsionar e empurrar seu atleta”.
Os guias indicadores, por sua vez, avisam o momento exato em que o atleta deve realizar um salto ou lançamento para orientá-lo na zona regulamentar e evitar que pise, por exemplo, nas linhas de penalização, podendo ser feito “com palmas, vozes ou outra orientação acústica”.
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E você, pratica algum esporte adaptado? Conta pra nós sua experiência 🙂