DIA INTERNACIONAL DAS LÍNGUAS DE SINAIS – 26 DE SETEMBRO
Hoje dia 23 de Setembro é celebrado o Dia Internacional das Línguas de Sinais.
Segundo a ONU, existem mais de 300 variantes usadas em interpretações com linguagem de sinais no mundo. Entretanto, há uma forma internacional que é usada por deficientes auditivos em reuniões internacionais e em encontros informais.
O Dia Internacional das Línguas de Sinais foi comemorado pela primeira vez em 2018, como parte da Semana Internacional dos Surdos (1958) e, desde então, evoluiu para um movimento global e de defesa para conscientizar as questões enfrentadas por este público.
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência reconhece e promove o uso destas línguas dizendo que elas têm o mesmo status de outros idiomas e obriga os Estados-membros a facilitar a sua aprendizagem.
A Língua de Sinais
A Língua de Sinais é uma língua viso espacial e se apresenta em uma modalidade diferente da língua oral, uma vez que utiliza a visão e o espaço, e não o canal oral- auditivo, ou seja, a fala. A Língua de Sinais faz uso de movimentos e expressões corporais e faciais que são percebidos pela visão.
Fernandes (1998) diz que a Língua de Sinais é uma língua natural, com organização em todos os níveis gramaticais, prestando-se às mesmas funções das línguas orais. Sua produção é realizada através de recursos gestuais e espaciais e sua percepção é realizada por meio da visão, por isso é denominada uma língua de modalidade gestual-visual-espacial.
Logo, a Língua de Sinais é completa, com uma estrutura independente da língua portuguesa, que possibilita o desenvolvimento cognitivo da pessoa surda para que este tenha acesso a conceitos e conhecimentos já existentes.
No entanto, assim como na linguagem oral-auditiva não há uma universalização, pois os ouvintes se comunicam em diferentes idiomas nos mais distintos países, as comunidades surdas também apresentam variação na língua de sinais devido a nacionalidade, regionalidade e cultura.
Porém, pode acontecer dos surdos de dois países utilizarem a mesma Língua de Sinais como é o caso dos Estados Unidos e Canadá, que usam a Língua de Sinais Americana. No Brasil, assim como em outros países, os surdos se comunicam através da LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais.